DÍZIMOS E OFERTAS
DÍZIMOS E OFERTAS
UMA DISCIPLINA ABENÇOADORA
INTRODUÇÃO: Uma
das mais importantes graças na vida cristã é a da Contribuição. O crente que
ainda não aprendeu a dar alegremente (II Co 9.7), liberalmente (II Co 8.2; Rm
12.8), o que pode (II Co 8.3), e sabiamente; ainda não começou a reconhecer
seus privilégios e responsabilidades. E precisa Trabalhar em busca da Perfeição
desta DISCIPLINA
Objetivos da Lição:
§ Explicar
o sentido de “dízimos” e “ofertas”.
§ Descrever
a importância da Contribuição Financeira.
§ Contribuir
financeiramente na igreja local.
I.
O QUE SÃO OS DÍZIMOS E OFERTAS
1)
DEFININDO
O TERMO “DÍZIMO”
A palavra “Dízimo”
significa literalmente “a décima parte”, deve ser retirada a décima parte de tudo que produzimos antes de
efetuarmos o pagamento de qualquer despesa.
2)
É Um
Dever de Todo Crente – Mordomia Cristã
“Trazei os dízimos à Casa do
Tesouro”, isto é uma responsabilidade de todo crente. (Ml 3.10). É a
entrega amorosa e voluntária do que possuímos a Deus. (I Co 4.2).
3)
É Um Ato
de Obediência – (Ml 3. 8) Trazer a quantia devida, estipulada
pela Bíblia. (Lv 27.30 – 32; Ml 3. 10).
4)
É Um Ato
de Fé – (Ml 3. 10b) “E depois fazei prova
de mim ...”
5)
É Um Ato
de Amor com a Obra de Deus – (Ml 3. 10) – Nossas
contribuições em dízimos e ofertas são para promover o Reino de Deus,
especialmente para a Obra da Igreja Local e a disseminação do Evangelho pelo
mundo ( I Co 9.4 – 14; Fp 4.15 – 18; I Tm 5. 17,18), para ajudar os
necessitados (Pv 19.17; Gl 2.10; II Co 8. 14; 9.2).
6)
É Um Ato
de Gratidão ao Senhor – ( I Cr 29. 11 – 17). Têm-se saúde, bens
materiais, se temos alguma coisa, foi Deus quem os deu (Dt 8.18) “Porque é
Ele o que te dá força para adquirires riquezas!”.
SINOPSE DO TÓPICO (I) - Os dízimos e as ofertas integram a
mordomia cristã e são meios materiais pelos quais reconhecemos a soberania do
Senhor sobre nossas finanças.
II.
ADORANDO A DEUS COM NOSSOS HAVERES
Vejamos Por Que Os Dízimos e Ofertas São Importantes.
1)
Através das contribuições financeiras,
honramos a Deus. Prov. 3. 9,10.
2)
Por meio das ofertas e dízimos, mostramos a
Deus nossa alegria. II Co 9.7.
3)
Por intermédio do dar, expomos a Deus um
coração voluntário. Êxodo 25.1, 2.
4)
Através do ofertar, revelamos o nosso
desprendimento. II Sm 24.24.
SINOPSE
DO TÓPICO (II) –
Agradar a Deus, sustentar a obra do Senhor e auxiliar os necessitados da igreja
local é alguns dos motivos pelos quais é necessário o exercício da contribuição
voluntária na obra do Senhor.
III.
CONTRIBUIÇÃO NA BÍBLIA
A.
No
Antigo Testamento – Para
tudo Deus tem um plano. Teve um para a Criação, um para a construção da arca,
um para o tabernáculo, e depois o templo; teve um plano, enfim para tudo que
realizou.
Deus tem também um plano financeiro para o sustento da sua obra.
Encontramos esse projeto bem claro na sua Palavra.
Há trinta e seis
passagens na Bíblia em que se emprega a palavra dízimo, e várias outras que
indicam a prática de dizimar. Vamos analisar somente as mais importantes.
A.
O Dízimo
de Abraão- Gn 14. 18 -24. A prática do dízimo é muito
antiga. Podemos afirmar que é tão antiga quanto à raça humana. Babilônios,
gregos, romanos e árabes pagavam o dízimo.
1)
Características
do dízimo de Abraão
§ Foi voluntário – Não
foi pedido por Melquisedeque, mas oferecido espontaneamente por Abraão. Não foi
exigido pela lei, porque Abraão viveu 400 anos antes de ela ser dado por
Moisés.
§ Foi Dado em Reconhecimento da
Sua Mordomia. (Gn 14.22). Foi o fato de Abraão reconhecer a
propriedade divina sobre os seus bens que o levou a entregar o dízimo.
§ O Dízimo de Abraão Foi Um Tributo de
Gratidão Pela Sua Vitória. (Gn 14.20). Dado como prova de
reconhecimento das bênçãos divinas, o dízimo traz alegria ao coração do servo
do Senhor.
§ Esse
Dízimo Foi Um Ato de Adoração. Foi entregue ao sacerdote do
Deus Altíssimo, àquele que representava o próprio Deus.
Quando o dízimo é entregue em espírito de culto e adoração a Deus,
ganha um profundo significado para a nossa alma.
§ Notemos
ainda que Abraão foi abençoado por Deus, tanto material como espiritualmente. – Essa é a experiência, através dos séculos
dos que têm sido fiéis ao Senhor no dízimo.
B.
Dízimo
de Jacó. (Gn 28. 18 – 22).
§ O dizimo e a adoração. – O
dízimo de Jacó apresenta as mesmas características do de Abraão: foi
voluntário, dado como expressão do reconhecimento de sua mordomia, ofertado por
gratidão a Deus e como ato de adoração.
§ O
dízimo e a experiência religiosa. – Notemos que o voto de dar o
dízimo foi feito por Jacó depois de uma profunda experiência espiritual.
O despertamento na vida religiosa traz
sempre uma nova disposição de cooperar materialmente na expansão do reino de
Deus.
§ O dízimo e a bênção de Deus. –
Convém salientar ainda que Jacó foi grandemente abençoado por Deus. Como seu
pai e seu avô receberam bênçãos materiais e espirituais.
4) O Dízimo Incorporado à
Lei - Examinemos rapidamente três das
principais referências:
a)
O dever de dizimar. Lv. 27. 30 -32.
Na lei, foram incorporadas várias práticas
já estabelecidas pelo costume entre o povo de Deus. Essa lei sancionou, com a
autoridade divina, o costume antigo do dízimo, como já vimos.
b)
A
finalidade do dízimo. – Nm 18. 20 – 32.
Esse texto esclarece a finalidade do dízimo
– o sustento do sacerdócio.
A tribo de Levi não recebeu
nenhuma porção da terra, quando esta foi dividida. Deveriam ser sustentadas
pelas demais tribos, para que se dedicassem inteiramente aos serviços sagrados.
c)
Beneficência – Dt 14. 22 – 29.
Aqui se acrescenta a idéia de que o dízimo
era também para o amparo aos necessitados: Estrangeiros, órfãos e viúvas. (Dt
26. 12 – 15). Leia com cuidado!
C.
O Dízimo
no Novo Testamento – Há
crentes que não apreciam muito o fato de os pastores às vezes falarem em
dinheiro. Esquecem-se eles de que esse
era um assunto freqüentemente mencionado por Jesus. A Bíblia refere-se mais vezes a
dinheiro do que mesmo à oração ou à fé.
Jesus falou sobre o dinheiro 90 vezes. Dos
107 versículos do Sermão do Monte, 22 referem-se a dinheiro, e 24 das 49
parábolas de Jesus mencionam dinheiro.
1)
O Dízimo
em Vigor no Novo Testamento – Há os que afirmam que o
dízimo pertence ao Velho Testamento, à lei, que não temos nenhuma obrigação de
pagá-lo.
§ Jesus não veio revogar o dízimo. –
Jesus declarou, no Sermão do Monte, que não veio revogar a lei, mas cumpri-la.
Devemos
fazer distinção entre lei cerimonial e lei moral. A cerimonial ficou circunscrita
ao VT. Referia-se a costumes próprios do povo de Israel, sobre alimentação,
etc. Não temos nenhuma obrigação, hoje, para com essa lei.
Há, porém, a lei moral. Essa permanece. O dízimo pertence à lei moral de propriedade.
O princípio de que Deus é o dono de tudo permanece, e com ele o nosso
reconhecimento dessa propriedade, expresso através do dízimo.
§ Referências
ao Dízimo no Novo Testamento. – Há três referências ao dízimo no NT. Duas
delas, paralelas, se referem à recomendação de Jesus aos fariseus quanto ao
dízimo (Mt 23.23; Lc 11.42). A terceira é a de Hebreus 7. 1 – 10, em que
Melquisedeque aparece como figura de Cristo. O autor está provando, nessa
carta, a superioridade de Cristo sobre a velha dispensação; e aqui, de modo
particular, sobre o sacerdócio judaico. Sendo Melquisedeque figura de Cristo
quando Abraão lhe deu o dízimo, estava dando-o em figura, ao próprio Cristo.
§ O último
argumento a favor do dízimo no NT. – é o do sustento do ministério sagrado. (I
Co 9.11 – 14). Note a palavra “assim”. Quer dizer que do mesmo modo como eram
sustentados os sacerdotes, assim deve ser sustentado os ministros do Evangelho,
isto é, com os dízimos entregues pelo povo de Deus.
É importante também o
verbo: “ordenou”. Trata-se de uma
ordem de Cristo, cuja autoridade merece ser respeitada. É um dever do crente,
como era do judeu, entregar os dízimos para o sustento do ministério. O Dr
W.C.Taylon considerava essa a passagem mais forte, com referência ao dízimo, no
NT.
IV.
A NATUREZA DO DÍZIMO
1.
Origem – Graça de Deus (Hb 2. 9; Jo 3.16).
Na lei de Deus, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte das
crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como
reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divina (Lv 27. 30 – 32; Nm 18. 21- 26;
Dt 14.22 – 29).
2.
O Dízimo entregue ao Senhor. – No âmago do
dízimo, achava-se a idéia de que Deus é o dono de tudo (Êx 19. 5; Sl 24.1; Ag
2.8). Ninguém possui nada que não haja recebido originalmente do Senhor (Jó
1.21; Jo3. 27; I Co 4. 7) Nas leis sobre o dízimo, Deus estava simplesmente
ordenando que os seus lhe devolvessem parte daquilo que ele já lhes tinha dado.
3.
O local da entrega dos dízimos. – (Ml 3.10)
Todos os dízimos e ofertas eram trazidos à Casa
do Senhor. Após o cativeiro babilônico, quando os judeus chegaram
esqueceram-se da casa do Senhor e Deus reprovou-os severamente (Ag 1.2 – 11).
4.
Sobre que tipo de renda deve-se dizimar? –
De tudo aquilo que produzimos, porque se existe mais de uma fonte aberta, é
porque foi o Senhor quem abriu (Ml 3.10) “Se eu não vos abrir as janelas...”
5.
Cada um contribui proporcionalmente aos seus
rendimentos. – Todos nós, bem remunerados ou não, podemos e temos o dever de
contribuir liberalmente receberá recursos crescentes para poder contribuir
(aumentará a nossa sementeira) e frutos multiplicados. (II Co 9.10).
V.
BÊNÇÃOS ADVINDAS DA FIDELIDADE EM DIZIMAR
Quatro Bênçãos Prometidas aos
Dizimistas:
1.
Mantimento na Casa do Senhor: Não faltarão
meios para dar prosseguimento a seu trabalho (Ml 3.10).
2.
Bênçãos
imprevistas de natureza espiritual. (Ml 3. 10)
3.
Produtividade
nos campos e nos negócios. (Ml
3.11) – O devorador é repreendido.
4.
Reconhecimento
das bênçãos divinas por parte do mundo – Torna-se por tanto um bom
testemunho (Ml 3.12). “Todas as nações vos chamarão feliz”. No NT., no entanto,
somos chamados a renunciar tudo por amor a ele, que tudo entregou por nós (Rm
12. 1; Lc 14. 33).
CONCLUSÃO: A
nossa Contribuição Financeira na Igreja é uma oferta que proclama que todas as
coisas pertencem ao Senhor. Indica que somos gratos a Deus por sua graça e que
nossa dedicação a Ele é total. No NT., somos admoestados ainda a dar em
proporção ao que Deus nos fizer prosperar. Devemos, portanto, não só dar as
nossas ofertas, como também cumprir com a nossa responsabilidade diante de Deus
e dar o nosso dízimo. Isto não é só responsabilidade, mas também um grande
privilégio dado por Deus, de podermos dar ao Senhor um pouco do muito que Ele
nos tem dado gratuitamente. Portanto, Contribua alegremente e generosamente.
Disciplina que precisamos aprender.
Deus nos abençoe
em Cristo Jesus,
Maria Valda
Serva-Preletora.
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