A SEXUALIDADE
ADMEP – ASSEMBLEIA DE DEUS – MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA
EBD - Escola Bíblica Dominical
Departamento de Educação Cristã
A SEXUALIDADE
24 de Julho de 2013
TEXTO ÁUREO
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará;
Hebreus 13. 4
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:
Efésios 5. 22 -31
Objetivos
Entender que a sexualidade foi dada por Deus para promover o afeto, a união, o prazer e a procriação;
Compreender que a prática do ato sexual, fora do padrão divino, é pecaminoso;
Reconhecer que a sexualidade pode e deve ser controlada pelo ser humano.
INTRODUÇÃO: - A sexualidade envolve o que há de mais íntimo na vida do ser humano. Dependendo do modo como é usufruído, pode produzir resultados positivos ou negativos, uma vez que interfere nas áreas biológica, social, psicológica e espiritual.
Na atualidade, os meios de comunicação apresentam abertamente o assunto, o que inclui a exibição de cenas de sexo em filmes e novelas. O tema está presente nas letras de música, nos debates de televisão, nas salas de aula, como também em muitas casas e até nos púlpitos.
Apesar da relevância do assunto e da banalização do sexo pela sociedade secular, alguns líderes evangélicos não dão a devida importância à sexualidade. Uns se recusam a falar sobre sexo, porque acham que isto não tem nada a ver com os princípios do cristianismo. Outros são tolhidos pela timidez ou por acharem-se incapazes de ensinar sobre o assunto. E o resultado é que, muitas vezes, os problemas de relacionamento entre casais ficam pendentes, e geram separação, porque os cônjuges não receberam um ensino adequado; não foram orientados sobre como deveriam agir em relação aos conflitos.
Nesta lição, falaremos sobre quem criou o sexo e os propósitos da intimidade conjugal. Apresentaremos o padrão de Deus para a sexualidade humana e discutiremos a diferença entre este padrão e o padrão mundano, pautado no sexo ilícito.
I. O PROPÓSITO DO SEXO
1. O Papel do Sexo no Casamento – Há várias funções básicas do sexo no casamento, são: (1) levar a efeito uma unidade íntima sem igual entre duas pessoas; (2) fornecer êxtase ou prazer para as pessoas envolvidas neste relacionamento sem igual, (3) levar a efeito uma multiplicidade de pessoas no mundo por meio de ter filhos. Respectivamente, as três funções básicas do sexo no casamento são a unificação, a recreação, e a procriação.
a) Primeiramente, o casamento visa trazer dois seres humanos àunificação mais estreita possível. “Os dois se tornarão uma só carne” é repetido uma vez após outra na Escritura (Gn 2. 24; Mt 19. 5; I Co 6. 16; Ef 5. 31). Tão sem igual é esta união conjugal levada a efeito pelo sexo, que a Bíblia a usa para ilustrar a união mística que o crente tem com Cristo (Ef 5.32). É a natureza única, de um só relacionamento do seu tipo, que exige que o homem mantenha relações sexuais com uma só mulher. (Ct 6. 13; 8. 6,7).
b) A Segunda função do sexo no casamento é recreacional. As relações sexuais são literalmente uma recriação da grande felicidade da união nupcial original. É uma lembrança sacramental da alegria do seu primeiro amor. A união sexual é a reunião feliz daqueles que foram feitos um só pelo casamento. A satisfação que o sexo fornece é o prazer obtido da reafirmação do preito original do mútuo amor. Quanto a isto, as funções re-creacionais e reunificacionais do casamento são inseparáveis. A alegria verdadeira vem somente com a união verdadeira, e a união verdadeira somente vem se houver um relacionamento sem igual e permanente entre duas pessoas do sexo oposto (I Tm 4. 2; 6. 17).
c) O Terceiro papel do casamento é a procriação. O fruto da união no matrimônio é a multiplicidade da prole. É lógico, os filhos são o resultado natural, porém não necessário, do casamento. Embora casar-se seja a coisa natural a se fazer, não é necessário casar-se. Um solteiro pode resolver não casar, sem pecar (cf. Mt 19. 12; I Co 7. 7, 8). Semelhantemente, um casal pode resolver não ter filhos, sem pecar (cf. I Co 7. 5), embora seja natural tê-los. Quando os filhos resultam do casamento são uma razão adicional para manter o casamento com um relacionamento sem igual e permanecer entre os pais. Os filhos precisam da união e da segurança fornecidas pelo casamento feliz dos seus pais. Quase nada é superior a uma união perpétua entre a mãe e o pai para a criação de filhos saudáveis e felizes.
Uma palavra de resumo agora é necessária. A função do sexo dentro do casamento é tríplice: a unificação, a recreação, e a procriação. Estas são astrês funções positivas do sexo no casamento.
II. O SEXO FORA DO CASAMENTO
1) O Papel do Sexo Fora do Casamento – A Bíblia não aprova, em qualquer circunstância, o sexo fora do casamento (I Co 6. 18; Cl 3. 5). Por mais que as pessoas tentem defender tal prática, usando como argumento o fato de Deus ser amor, o Senhor não condescende com amor eros (amor-prazer), fora do parâmetro estabelecido por Ele: O casamento. (Ap 21. 8).
Tendo em mente os propósitos do casamento podemos compreender mais facilmente as proibições fortes na Escritura acerca das relações extraconjugais ilícitas. O adultério, a fornicação, a prostituição, a sodomia (a homossexualidade) são todos fortemente condenados. Cada um destes pecados, da sua própria maneira, viola um relacionamento interpessoal divinamente instituído.
a) O adultério e a prostituição são errados por duas razões básicas, são casamentos múltiplos. Em primeiro lugar, são tentativas para levar a efeito muitos relacionamentos familiaríssimos ao mesmo tempo. Em cada caso, a pessoa está enganando a pessoa a quem realmente mais ama e, provavelmente, mentindo a quem não ama. A segunda razão porque a fornicação é errada, é porque visa ser apenas uma união temporária, ao passo que Deus deseja que a união sexual seja duradoura e permanente (Mt 19 .6). O Novo Testamento também é enfaticamente contra o adultério. Jesus o pronunciou errado até mesmo nos seus motivos mais básicos (Mt 5. 27,28). Paulo o chamava uma obramá da carne (Gl 5. 19), e João teve visão da presença de adúlteros no lago do fogo (Ap 21. 8).
b) A palavra “fornicação” é frequentemente usada na Escritura para relações sexuais ilícitas fora do casamento, embora o modo geral de entender é que ela subentende que pelo menos um membro do relacionamento não era casado. Paulo disse que o corpo não é para a fornicação e que o homem deve fugir dela (I Coríntios 6. 13, 18).
c) A homossexualidade não está na mesma classe dos pecados do adultério, da prostituição e da fornicação. A homossexualidade é diferente destes três porque não ocorre nenhuma relação sexual no sentido rigoroso da expressão, e nenhum nascimento pode resultar dela. Mesmo assim, a homossexualidade no sentido de sexualmente estimular e manipular uma pessoa do mesmo sexo é especificamente proibida na Escritura. No Antigo Testamento, este pecado era chamado sodomia, segundo o nome da cidade iníqua, Sodoma, que foi destruída por causa desta perversidade (Gn 19. 5 – 8, 24). Mais tarde, a lei de Moisés proibiu qualquer “sodomia” (ARC) de fazer parte da comunidade de Israel (Dt 23 17). O Novo Testamento é igualmente claro sobre o assunto. Romanos 1, fala da homossexualidade como sendo aquilo que mudou “o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza” (v. 26). É uma “torpeza” que resulta de paixões vis” (v. 27). Noutra passagem, Paulo escreveu: “Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas... herdarão o reino de Deus” (I Co 6. 9). Estas todas são perversões do uso apropriado do sexo. Atos heterossexuais são errados fora do casamento porque estabelecem um relacionamento de marido e esposa entre aqueles que não são marido e esposa. Os atos homossexuais são errados porque estabelecem um relacionamento sem igual de marido e mulher entre os que não podem ser marido e mulher, por serem do mesmo sexo.
d) A Força da Sexualidade – De todos os impulsos humanos, o que detém maior força é o do sexo. As pessoas são capazes de matar e morrer em seu nome. A paixão sexual ultrapassa os limites estabelecidos pela própria lei - como o casamento, por exemplo – apenas pela satisfação dos desejos sexuais que nascem e crescem no coração.
III. O LADO NEGATIVO DO SEXO
O desejo sexual é tão forte em alguns indivíduos que pode leva-los a desenvolver relações promíscuas, como verificaremos nos exemplos a seguir:
1) A Poligamia. – Poligamia é o termo utilizado para designar múltiplos e simultâneos casamentos, ou seja, o indivíduo une-se a mais de um cônjuge, ao mesmo tempo. A poligamia, como o divórcio, era algo que Deus tolerou mas realmente não desejou. O maior Polígamo na Bíblia foi Salomão, deu testemunho do fato de que tinha um só verdadeiro amor, para quem escreveu Cantares. Este livro é a maior repreensão contra a poligamia, escrito pelo maior polígamo. Até mesmo Salomão com suas 1.000 esposas somente tinha um amor verdadeiro. Exemplo de homens polígamo: Abraão (Gn 16. 1 – 4); Jacó (Gn 31. 17); Davi (II Sm 12. 8); Salomão (I Rs 11.1); e Elcana (I Sm 1.1,2).
2) O Sexo Hedonista – é o sexo que adota o prazer como o bem maior. O mundo sem Deus explora este tipo de sexo, é condenado pela a Bíblia.
3) A Masturbação – A masturbação é pecado porque se faz acompanhar de pensamentos lascivos (Mt 5. 28); pode viciar e pode substituir o relacionamento entre marido e mulher levando-os à defraudação (I Co 7. 5).
4) O Incesto – Relação sexual entre pessoas da mesma família, condenado pela Bíblia. (Lv 18. 6 – 18; 20. 11, 12, 14, 19 – 21).
5) Pedofilia - Relação sexual com crianças – uma prática covarde que deve ser denunciada às autoridade para a devida punição. Não há referência na Bíblia.
6) Zoofilia – Relação sexual com animais – a qual também consta da lista das coisas que o Senhor abomina (Lv 18. 23; 20. 15, 16).
7) Necrofilia – Relação sexual com uma pessoa morta;
8) Asfixia Auto Erótica – Satisfação sexual provocada pela redução no fluxo sanguíneo do cérebro. Trata-se de um misto entre masturbação e enforcamento. Algumas pessoas pagaram com a vida por essa prática.
9) Sadomasoquismo – Apresenta dois tipos de prática, o sadismo (caracterizado pelo prazer em maltratar, humilhar ou impor sofrimentos ao parceiro) e o masoquismo (caracterizado pelo prazer doentio de ser submetido ao sofrimento físico e à humilhação moral).
10) Voyeurismo – Excitação sexual obtida pela observação (de modo oculto) de pessoas despidas ou pela prática do ato sexual.
11) Exibicionismo – Excitação sexual alcançada pelo impulso de mostrar os órgãos genitais a pessoas que não esperavam tal ato e pela reação de tais pessoas.
Todas essas práticas fazem parte da porneia e incluem os seus praticantes na lista dos rejeitados por Deus, cabendo-lhes o lago que ardem com fogo e enxofre, o que é a segunda morte. (Ap 21. 8).
Conclusão: - Discorrer sobre o tema proposto nesta lição pode ser desconfortável para muitos de nós, uma vez que apreciamos tratar de assuntos que exaltem nosso espiritualidade e não nos façam lembrar de nossacarnalidade. Mas, não podemos esconder esses assuntos, como se não fôssemos dotados de sexualidade.
A Bíblia trata desse assunto de forma clara e objetiva, porque Deus tem grande interesse nele. Nessa área, muitos têm caído e muitos estão camuflados,vivendo uma espiritualidade de aparência. Temos, sim, que encará-lo sem receio, sem constrangimento ou excessivo pudor.
O sexo é uma benção divina, desde que praticado dentro dos padrões de Deus. Quem estiver fora desse padrão deve procurar ajuda, pela oração, pela leitura da Palavra e pelo aconselhamento feito por uma liderança apta para tal fim.
Professora, MARIA VALDA
EDMEP
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