LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
Assembleia de Deus – Ministério Estudando a Palavra
DEPARTAMENTO DE ESCOLA BÍBLICA
DOMINICAL
27
de outubro de 2013
Lição 4
LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO
Leitura bíblica em classe: Provérbios 6.1-5
Texto Áureo
“Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a
disciplina, e a prudência” (Pv 23.23)
Jose Mauro e Sandra
Introdução: O livro de Provérbios apresenta
vários conselhos a respeito do uso apropriado do dinheiro. Tais orientações são
bastante práticas, e úteis para os cristãos dos dias modernos. No estudo desta
semana trataremos justamente a respeito desse assunto tão controvertido, e
pouco discutido nas igrejas, e quando é feito, nem sempre se considera a
totalidade das Escrituras. Por isso, neste estudo, além de abordar a questão do
dinheiro em Provérbios, nós voltaremos para algumas orientações práticas, com
base no Novo Testamento, em relação às finanças.
I.
O
DINHEIRO EM PROVÉRBIOS
Por se tratar de um livro de
conselhos, Provérbios orienta seus leitores a fim de saberem lidar com situações
práticas da vida. Conforme estudamos anteriormente, o autor de Provérbios
destaca a importância de apresentar a Deus nossas primícias (Pv. 3.9). A
recompensa de Deus, para os israelitas, estava condicionada a atitude de
entregar a Ele os primeiros resultados da colheita (Pv. 3.10; 13.21). Como
livro de sapiência, a sabedoria, e não o dinheiro, é muito mais importante,
pois é a sabedoria que faz a riqueza durar (Pv. 8.18,21), o seu resultado é
consideravelmente melhor (Pv. 8.20), somente a partir dela as pessoas poderão
usá-lo adequadamente (Pv. 17.16), inclusive para não afadigar buscando riquezas
(Pv. 23.4).
Não apenas a sabedoria é mais
importante que o dinheiro, também uma vida de retidão, atitudes de retidão. As
pessoas justas vivem com maior tranquilidade que as desonestas (Pv. 15.16), por
isso um homem pobre que não se envolve em negócios escusos é preferível ao rico
que vive sem honestidade (Pv. 28.6).
Deus geralmente recompensa os justos
com dinheiro (Pv. 13.21), mas é melhor ter menos dinheiro e viver em retidão do
que ter muito dinheiro resultante de injustiça (Pv. 16.18). Por conseguinte,
temer a Deus é bem melhor do que ter dinheiro (Pv. 15.16), na verdade, a
humildade, e o temor a Deus, leva o homem a adquirir riquezas (Pv. 22.4). Como
já destacamos em outros estudos, a diligência é uma característica fundamental
para aqueles que querem ter êxito em suas vidas. Os que não se deixam conduzir
pela indolência colherão os frutos da prosperidade (Pv. 10.4). A obtenção de
dinheiro está atrelada ao trabalho, é através dele que as pessoas adquirem
riquezas (Pv. 14.23). A diligência é concretizada em planejamento, não apenas
em ações espontaneístas, que leva à ruína (Pv. 21.5). As pessoas que não
conseguem controlar seus hábitos consumistas acabarão sem nada (Pv. 21.17).
II. PROVÉRBIOS
E O USO DO DINHEIRO
O sábio destaca, a princípio, as
limitações do dinheiro, definitivamente ele não pode comprar tudo, não pode
livrar as pessoas da condenação (Pv. 11.4), não dura para sempre, tem um
caráter efêmero (Pv. 23.5; 27.4), sequer é digno de confiança (Pv. 11.28), por
isso devemos depositar nossa esperança em Deus (Pv. 28.25). Mas o dinheiro não
necessariamente é algo ruim, na verdade, pode ser utilizado para fazer o bem.
Quando corretamente utilizado, pode diminuir os estresses e evitar alguns
problemas (Pv. 10.15). Ademais, os filhos, se forem sábios, poderão desfrutar
da herança deixada pelos pais (Pv. 13.22), a esposa também exerce papel
fundamental no bom uso dos recursos (Pv. 31.18). Mas é preciso ter cuidado,
pois o dinheiro pode ser extremamente danoso para as pessoas, principalmente no
que tange aos relacionamentos.
Isso porque, infelizmente, existem
favoritismos por causa do dinheiro, os ricos acabem sendo bem tratados,
enquanto que os pobres são menosprezados (Pv. 14.20). As pessoas que têm
dinheiro não conseguem identificar com facilidade quem são seus reais amigos,
pois muitos se aproximam por interesse (Pv. 19.4).
Aqueles que não têm dinheiro são
abandonados justamente porque as pessoas se voltam para as que têm mais
dinheiro (Pv. 19.4). Os que têm muito dinheiro não conseguem encontrar
descanso, costumam viver no isolamento, pois comumente são perseguidos por
ladrões ou sequestradores (Pv. 13.8). Aqueles que têm recursos financeiros são
pessoas fúteis, não conseguem se interessar por conhecimentos valiosos. Os
pobres com entendimento percebem a mediocridade dessas pessoas (Pv. 28.11).
Além disso, não podemos deixar de destacar que muitas pessoas na verdade não
têm dinheiro, apenas vivem uma mentira, como se tivessem, para agradar a
sociedade (Pv. 13.7). Ao invés de querer dominar os mais pobres, e se
assenhorarem sobre eles (Pv. 22.7), os ricos deveriam reconhecer que foi Deus
quem criou tanto um quanto ao outro (Pv. 22.2). Ao invés de serem vaidosos, por
causa do dinheiro, os ricos precisam pôr em prática a generosidade (Pv.
11.24,25). Deus é testemunha daqueles que oprimem os mais pobres, e querem
tirar vantagem das suas necessidades, tais pessoas cairão em ruína (Pv. 22.16).
III.
VISÃO
CRISTÃ SOBRE O DINHEIRO
A abordagem de Jesus em relação ao
dinheiro é radical, Ele se posiciona contra o acúmulo de riquezas na terra,
orienta as pessoas a entesourarem no céu (Mt. 6.19-21). Essa é a resposta de
Jesus a ansiedade que assola a sociedade moderna. Ao invés de estarem
preocupados com muitas coisas, ansiosos pelas vicissitudes da vida, devemos
aprender a confiar em Deus, na Sua providência (Mt. 6.24,25). Por isso, quando
se encontrou com o jovem rico, orientou para que esse entregasse seus bens
materiais aos pobres, mas ele foi incapaz de fazê-lo (Mt. 19.16-22). A
conclusão de Jesus, em virtude do apego daquele jovem às riquezas foi a
seguinte: “Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos
céus. E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma
agulha, do que entrar um rico no reino de Deus” (Mt. 19.23,24). Ao invés de
enfocar demasiadamente as riquezas, Jesus ensina que devemos buscar, em
primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça e que as demais coisas –
apresentadas no contexto, e não todas como dizem alguns – os serão
acrescentadas (Mt. 6.33). Em suas epístolas, Paulo orienta os primeiros
cristãos em relação ao uso do dinheiro.
Ao escrever aos Coríntios nos
apresenta o modelo de Jesus em relação à riqueza e a pobreza. Diz ele: “pois
conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre
por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos” (II Co. 8.9).
A riqueza a respeito da qual trata o Apóstolo, nesse texto, não é material,
tendo em vista que, ao escrever a Timóteo, alerta a respeito do perigo das
riquezas (I Tm. 6.9,10). A orientação apostólica é a
de que há maior felicidade em dar do que em receber (At. 20.35), por isso, Deus
ama a quem dar com alegria (II Co. 9.7). A moeda mais valiosa para o cristão é
o exercício da piedade, que a fonte de lucro (I Tm. 4.8).
Conclusão: A partir do Livro de Provérbios, e do
Novo Testamento, destacamos algumas orientações práticas quanto ao uso do
dinheiro:
1) - Não devemos confiar nas riquezas, mas em Deus, que é nosso Provedor (Mt. 6.24);
2) - Diante de uma sociedade consumista, devemos pedir sabedoria a Deus, para saber usar corretamente o dinheiro (Tg. 1.5);
3) - A honestidade é uma prática cristã, não apenas diante de Deus, mas também dos homens (II Co. 8.21);
4) - Não devemos esquecer que um dia prestaremos contas a Deus, inclusive do modo como gastamos nosso dinheiro (Rm. 14.10;
5) - Sejamos cuidadosos em relação ao dinheiro, aprendamos a exercitar a piedade com contentamento (I Tm. 6.6-10);
6) - A utilizar os recursos em coisas benéficas, principalmente para a obra do Senhor (Fp. 4.14);
7) - Em uma sociedade individualista, sejamos generosos, atentos às necessidades dos outros (II Co. 9,6,7);
8) - O dinheiro do cristão deve ser ganho com honestidade, no temor do Senhor, e gasto com sabedoria (At. 24.16; II Ts. 3.7-9);
9) - É preciso ter cuidado para não se deixar dominar pela ganância, e pelo consumismo (Ef. 5.3);
10) - O segredo é aprender a viver em contentamento, para não contrair dívidas desnecessárias, que comprometerão a renda familiar (Hb. 13.5). PENSE NISSO!
Jose Mauro e Sandra
E-mail: zemauropetro@gmail.com
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