TRABALHO E PROSPERIDADE
ADMEP – ASSEMBLEIA DE DEUS – MINISTÉRIO
ESTUDANDO A PALAVRA
EBD - Escola Bíblica Dominical
Departamento de
Educação Cristã
TRABALHO E PROSPERIDADE
20
de Outubro de 2013
TEXTO ÁUREO
“A Benção do Senhor é que enriquece, e ele não
acrescenta dores”
Provérbios
10. 22
VERDADE PRÁTICA
A Bíblia condena a inércia e a preguiça, pois é
através do trabalho e da benção de Deus que prosperamos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:
Provérbios
3. 9, 10; 22, 13; 24. 30 – 34
Estudo dos Alunos:
Jose Mauro e Sandra
Objetivos
Compreender - as quatro metáforas da lição (do celeiro e do lagar, da formiga, do leão
e do espinheiro).
Reconhecer - a importância e o
valor do trabalho.
Saber - que a prosperidade é fruto da
benção de Deus, mas de muito trabalho também.
INTRODUÇÃO: - Nesta lição definiremos as palavras
“trabalho e prosperidade”. Destacaremos que o trabalho foi criado por Deus
antes do pecado para ser uma benção na vida do homem e que este imita ao seu
Criador quando trabalha, ciente de que Deus o abençoa. Veremos também
exortações bíblicas quanto aqueles que são preguiçosos; pontuaremos ainda a
diferença entre ser rico e ser próspero; e, por fim, analisaremos quais os
obstáculos que impedem o cristão de prosperar.
I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA TRABALHO E
PROSPERIDADE
O Aurélio define a
palavra “trabalho” como “aplicação das forças e faculdade humanas para alcançar um
determinado fim”; atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual,
necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento”.
No hebraico a palavra “ãmãl” é
usada para se referir a “trabalho, labuta” (Gn.
41.51; Sl 105.44). Já a expressão “prosperidade” vem
da palavra “prosperar” que por sua
vez significa: “tornar-se próspero; progredir;
desenvolver-se”. No contexto da nossa lição o trabalho é a causa
e a prosperidade é a consequência na vida daquele que trabalha e agradece a
Deus entregando-lhe o dízimo, as primícias da sua renda (Pv 3.9,10).
II – TRABALHO: UMA BENÇÃO DADA POR DEUS
AO HOMEM
O trabalho é uma bênção de Deus
e é necessário aos homens “Pois comerás do trabalho
das tuas mãos, FELIZ SERÁS, e te irá bem” (Sl 128.2). “Em todo trabalho há proveito” (Pv. 14.23-a).
2.1 O trabalho veio antes do pecado do
homem. Diferente do que algumas pessoas imaginam, o trabalho não é o julgamento
de Deus por causa do pecado de Adão (Gn 3.17-19). Se examinarmos corretamente
as Escrituras, veremos que Deus colocou o homem no jardim do Éden para o “lavrar e o guardar”, ou seja, para trabalhar antes mesmo da desobediência ao Senhor (Gn
2.15). Adão já trabalhava antes de pecar, cuidando do jardim. Uma das
consequências do pecado, além da morte, foi que o trabalho seria “penoso e suado” (Gn 3.19), e isso não significa que ele seja
amaldiçoado por Deus. “Não é, pois, bom para o homem
que coma e beba e que faça gozar a sua alma do bem do seu trabalho? Isto também
eu vi que vem da mão de Deus” (Ec. 2.24).
2.2 O trabalho não foi o resultado do
pecado. Desde a criação de Deus que o homem foi colocado no jardim para “trabalhá-lo, “cultivá-lo” (Gn 2.15) do
hebraico “âbad”. A maldição (Gn 3.16-17) era apenas “a dor e a fadiga” que haviam de acompanhar o
trabalho, não o trabalho em si. Isso é destacado quando Lameque diz, por
ocasião do nascimento de Noé, que este “nos consolará dos nossos
trabalhos e das fadigas de nossas mãos, nesta terra que o Senhor
amaldiçoou” (Gn 5.29).
2.3 O homem “imita” seu Criador quando
trabalha. Ao trabalhar seis dias e descansar ao sétimo, Israel imitava a Deus ao
criar o“kosmos” (Gn 2.1-2). O profeta Isaías disse
que Deus trabalha“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem
com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que
trabalha para aquele que nele espera” (Is 64.4). Jesus fez
também a seguinte declaração: “Meu Pai trabalha até agora, e
eu trabalho também” (Jo 5.17).
2.4 Deus honra aquele que
trabalha. Temos vários exemplos na Bíblia, de homens que sempre trabalharam para
se manterem e não serem “pesados aos seus irmãos”, como por exemplo: Davi era pastor de ovelhas
(1Sm 16.19, 2Sm 7.8), Amós ganhava a vida como boieiro (Am 1.1), Jesus era
carpinteiro (Mt. 13.55; Mc. 6.3), Paulo era fabricante de tendas (At.
18.1-3). “Vós mesmo sabeis que, para o que me era
necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram” (At
20.34). “Trabalhando com nossas próprias mãos” (1Co
4.12-b). “Porque bem vos lembreis, irmãos, do nosso
trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a
nenhum de vós…” (1Ts 2.9). “…nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e
fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós” (2Ts
3.8).
III – EXORTAÇÃO BÍBLICA AQUELE QUE É
PREGUIÇOSO
O livro de Provérbios é o livro
bíblico que mais faz alusões ao defeito da preguiça, ou indolência, descreve o
preguiçoso como “indivíduo que gosta de dormir”.
O preguiçoso não cuida de suas propriedades, nem de suas plantações, pelo que
também está sujeito a padecer fome, em contra partida aquele que trabalha
prospera (Pv 6.6,9; 13.4; 15.9; 24.30; 26.13-16). A condição do preguiçoso é
tão lamentável que mesmo tendo alimento para comer, ele tem preguiça de
levá-los a boca (Pv 19.24). Vive criando desculpas esfarrapadas para nada
fazer, como aquele que diz que há um leão solto nas ruas, o que o impede de ir
ao trabalho (Pv 22.13). Ele se dá por sábio ao evitar trabalhar dizendo que
está evitando o desgaste físico, preferindo as fantasias do que o trabalho, que
na sua concepção é cansativo e difícil (Pv 13.4; 21.25). Fazendo assim o
preguiçoso não somente cai em desgraça mas também leva a ruína aquele a quem
tiver de prestar algum serviço (Pv 10.26).
IV – A DIFERENÇA ENTRE SER RICO E SER
PRÓSPERO
A verdadeira prosperidade não é
sinônimo de riqueza material, como muitos pensam. Nem sempre um homem rico pode
ser considerado como próspero e, da mesma maneira, não podemos dizer que um
homem pobre não possa ser próspero. A diferença consiste em possuir a benção de Deus sobre o que se tem (Dt 11.27;
16.17; 28.2,8; Ef 1.3). Nas Sagradas Escrituras, ser próspero não significa,
necessariamente, possuir riqueza e bens materiais. José, por exemplo, era
próspero, mesmo quando estava como escravo, ou até mesmo na prisão (Gn 39.2,3;
39.23); Daniel e os três jovens hebreus prosperaram em Babilônia, mesmo na
condição de cativos (Dn 3.30; 6.28). A prosperidade depende, principalmente, da
obediência a Deus, e à Sua Palavra (Nm 14.41; Dt 29.9; Js 1.8; I Rs 2.3; II Cr
24.20; Sl 1.1-3)
V – OBSTÁCULOS PARA QUE O CRENTE NÃO
PROSPERE
5.1 A negligência quanto ao
dízimo. O Dízimo, é uma oferta entregue voluntariamente à obra de Deus,
constituindo-se da décima parte da renda do servo de Deus. Antes da Lei, já
encontramos alguns exemplos de entrega dos dízimos:
Abraão (Gn 14.18-20; Hb 7.4); e
Jacó (Gn 28.18-22). Mas, foi na Lei que Deus estabeleceu princípios para a
entrega dos dízimos. O Senhor Jesus não apenas reconheceu a importância da
prática do dízimo, mas também recomendou (Mt 23.23); e, o apóstolo Paulo,
escrevendo aos coríntios, fez referência ao dízimo para extrair o princípio de
que o obreiro é digno do seu salário (I Co 9.9-14 cf Lv 6.16,26; Dt 18.1). Eis
alguns princípios que estão envolvidos na prática do dízimo: (1) OBEDIÊNCIA, pois é um mandamento do Senhor (Nm
18.21-32; Dt 12.1-14; 14.22-29; Ml 3.10); (2) GRATIDÃO reconhecendo
que tudo o que temos é porque Ele tem nos dado (I Cr 29.14; Sl 103.5; Mt 11.6;
Rm 11.36); (3) SERVIÇO, pois entregando o
dízimo estamos contribuindo na manutenção da obra do Senhor (Ml 3.10). Logo,
não dizimar é ser desobediente, ingrato e negligente com a obra de Deus. E
sendo assim o crente sofrerá a punição do Senhor (Ml 3.7-9).
5.2 O desequilíbrio na mordomia dos
bens. Muitas pessoas não conseguem prosperar, principalmente na área
financeira porque são desequilibradas quanto a administração daquilo que
possuem. Vejamos alguns problemas do mal uso do dinheiro:
5.2.1 Consumismo – De acordo com o Aurélio,
consumismo é o“Sistema que favorece consumo exagerado” é
a “tendência a comprar exageradamente”. A Bíblia
adverte: “O que amar o dinheiro nunca se fartará de
dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é
vaidade” (Ec 5.10). Alcançar todos os bens que se deseja
não dá a ninguém a satisfação plena. Paulo encontrou na pessoa de Cristo, o
equilíbrio no que tange às coisas materiais (Fp 4.11).
5.2.2 Avareza – É o amor ao dinheiro, que causa
uma verdadeira escravidão e dependência (I Tm 6.9,10). Deus não condena o
dinheiro em si, mas, a ambição, cobiça, exploração, e usura. Abraão era homem
muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3,10);
Davi, Salomão e outros reis acumularam bens e nenhum deles foi condenado por
isto. O que a Bíblia condena é a ambição desenfreada pelos bens (Pv 28.20; Dt
8.11; Pv 11.28; Mc 4.19; Pv 23.4,5; Pv 28.11; Pv 5.10).
5.2.3 Dívidas – Muitas pessoas estão em
situação difícil, por causa do uso irracional de benefícios oferecidos como
facilidades pelo comércio, tais como: cartão de crédito, cheque, crediário,
empréstimos, etc. As dívidas podem provocar muitos males, tais como:
desequilíbrio financeiro, inadimplência, intranquilidade; provocando até certos
aparecimentos de doenças, desavenças no lar; perda de autoridade e o mau
testemunho perante os ímpios (Pv 6.1-5; 11.15).
CONCLUSÃO:
Certo pensador já disse: “o sucesso só vem antes do trabalho no dicionário” e
como pudemos ver, esta assertiva é verdadeira, pois o preguiçoso deseja tudo e
nada tem (Pv 13.4). No entanto, biblicamente podemos destacar que além de
trabalhar o crente deve ser grato a Deus entregando-lhe os dízimos, sabedor de
que fazendo assim contará com a benção de Deus sobre a sua vida.
POR: Jose mauro e Sandra
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