“TEMPO PARA TODAS AS COISAS”
ADMEP
Assembleia de Deus Ministério Estudando a Palavra
Aluno: Luiz Afonso
LIÇÃO 9 –
“TEMPO PARA TODAS AS COISAS”
INTRODUÇÃO - No início do estudo sobre o livro de Eclesiastes,
analisaremos a questão do tempo.
Através
do tempo, aprendemos as limitações humanas e a nossa dependência de Deus.
I.
A VIDA DEBAIXO DO SOL
Damos início ao segundo
bloco de nosso trimestre, em que iremos estudar o livro de Eclesiastes, cujas
características e estrutura já tivemos ocasião de estudar na lição 1 deste
trimestre.
Eclesiastes
é o livro da velhice de Salomão, o livro em que o sábio rei de Israel faz uma
reflexão a respeito da “vida debaixo do sol”, ou seja, da vida sobre a face da
Terra, depois de ter tido uma existência em que pôde desfrutar de tudo quanto o
mundo terrenal pode oferecer: prazeres, riquezas, fama e poder.
O pregador (que é o
significado da palavra grega “Eclesiastes” e também do nome hebraico do livro,
“Qohelét”), que é “o filho de Davi, rei em Jerusalém”, expressão que só pode se
referir a Salomão, o único filho de Davi que reinou em Jerusalém, começa o seu
livro afirmando com toda a convicção: “vaidade de vaidades! Diz o pregador,
vaidade de vaidades! Tudo é vaidade” (Ec.1:2).
- A palavra hebraica aqui
utilizada, ou seja, “hebel” (חבל) tem o significado de “aquilo
que é vazio; aquilo que é vão; vapor; sopro”, ou seja, algo “sem sentido”, algo
“transitório”, algo temporário, que não deixa vestígio, como é o vapor que sai
de uma chaleira com água fervendo, que se perde no ar e não deixa qualquer
rastro.
Logo em sua
primeira exclamação, o pregador, que vai se dedicar neste livro a falar a
respeito da “vida debaixo do sol” (Ec 1:3),
mostra-nos que, após uma grande reflexão, chegou a uma conclusão: a de que a “vida debaixo do sol”, em sua dimensão terrena, não tem
sentido algum, nada deixa de rastro, é algo absolutamente passageiro e sem
valor.
De pronto, ao
chamar de “vaidade de vaidades” tudo o que existe, por si só, na vida debaixo
do sol, o pregador está a nos mostrar uma realidade que é, inclusive, o objeto
de nossa lição: a transitoriedade da vida terrena, a sua submissão ao tempo.
O
tempo é uma das “travas”, dos “limites” que o Senhor impôs para a vida terrena,
para a vida debaixo do sol. Logo no limiar da narrativa da criação, percebemos
que tudo foi feito sob o domínio do tempo: ‘No princípio, criou Deus os céus e
a terra” (Gn 1:1). A criação teve “um princípio”, “um começo”, ou seja, tudo
ficou preso ao tempo.
Como se não
bastasse isso, a própria existência humana ficou limitada pelo tempo, em
virtude do pecado. Se o plano divino é que o homem tivesse um início, como toda
criatura, mas não tivesse fim, podendo ter uma vida indefinida mediante o
acesso pleno e irrestrito à árvore da vida (cf. Gn 3:22), com a entrada do
pecado, esta existência perene foi interrompida, na vida debaixo do sol, impondo-se
lhe a morte física (Gn 3:19)
Luiz Afonso
Ministério Terra de Canaã
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